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Poesia falada, literatura, e a arte como movimento e construção coletiva. Em setembro e outubro, Blumenau recebe o projeto Oficina Das Ruas às Linhas do Caderno, Construção Literária para a Modalidade do Slam (movimento de poesia falada). A programação conta com cinco encontros/aula da Oficina Das Ruas às Linhas do Caderno, dois Sarau da Palavra e dois encontros da ação cultural Oficina Incubadora de Slam: Da Escrita ao Corpo. Nos dias 15, 17, 22, 24 e 29 de setembro, a Escola EBM Conselheiro Mafra, no bairro Velha Grande, recebe oficinas de Slam, voltadas para alunos do último ano do ensino fundamental II, que serão ministrados pelas arte-educadoras Isabella Balieiro e Taly Lima. No dia 8 de outubro, a ação contará com Sarau com os alunos da escola participante, com mostra dos resultados dos encontros, valendo premiação, e a ação contará também com participação especial dos jurados do Slam Educa. Nos dias 27 e 28 de setembro, quem recebe o projeto é a Universidade Regional de Blumenau (FURB), com a Oficina Incubadora De Slam – Da Escrita ao Corpo, ministrada pela poeta Apeagá, de São Paulo. No dia 5 de outubro, o projeto ainda realiza o evento Final Slam Descoloniza Blu 2025, ação gratuita e aberta a toda comunidade, a partir das 16h, no Ahoy! Tavern Club. Confira a programação completa logo abaixo.

Isabella Balieiro e Taly Lima – Foto: Elton Junior

“O Slam Poetry é um movimento de poesia falada que surgiu nos anos 1980, por iniciativa de Marc Smith, no subúrbio de Chicago, nos Estados Unidos. Smith buscava quebrar o paradigma de que somente a elite tinha acesso às poesias, buscava popularizar a poesia junto a um público que estava fora dos espaços intelectuais estabelecidos pela academia. Reunido com outros artistas locais, criou o Chicago Poetry que foi a base de experimentação inicial do Slam”, explica a produtora cultural Taly Lima. “ Este movimento cultural chegou ao Brasil apenas em 2008 por intermédio da produtora cultural e atriz Roberta Estrela D’Alva, e desde lá vem buscando seu espaço no ranking internacional da competição, sendo que os níveis das competições de poesia se dividem em municipal, estadual, nacional, latino-americano e mundial” complementa Taly.

Slam Educa – Foto: Gustavo Hugh

Na cidade de Blumenau, Taly e Isabella Balieiro são as responsáveis pela organização e apresentação do Slam Descoloniza Blu, que já atua nos movimentos culturais desde de 2022 no município. “As novas dinâmicas espaciais produzidas por jovens através da cultura vem sendo cada dia mais estudadas e materializadas em território nacional e internacional. Essa autonomia advém da transformação do papel desse jovem dentro da cultura, deixando de ser um simples expectador, para sujeito ativo, criando formas particulares de viver a juventude e a cidadania”, acrescenta Isabela Balieiro.

Proposta Cultural realizada com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2024. Acompanhe as novidades pelo www.instagram.com/slam.descolonizablu

PROGRAMAÇÃO GERAL
Projeto Oficina Das Ruas às Linhas do Caderno – Construção Literária para a Modalidade do Slam, em Blumenau

NA ESCOLA
Oficinas de Slam, contraturno escolar, para alunos dos últimos anos do ensino fundamental II:
Ministrantes: Isabella Balieiro e Taly Lima
Dias 15, 17, 22, 24 e 29 de setembro, período matutino e noturno
Na Escola EBM Conselheiro Mafra (R. Franz Muller, 2113, Velha Grande)
Carga horária: 20h

Sarau com os alunos da escola como resultado dos encontros, valendo premiação, com participação de convidados especiais do Slam Educa
Dia 8 de outubro, período matutino e noturno
Na Escola EBM Conselheiro Mafra (R. Franz Muller, 2113, Velha Grande)

Ações gratuitas e voltadas para alunos da instituição contemplada
Classificação indicativa: acima de 13 anos.

NA FURB
Oficina Incubadora De Slam – Da Escrita ao Corpo
Ministrante: poeta Apeagá (Poliana Hérica) de São Paulo
Dias 27 e 28 setembro de 2025, das 9h às 12h e das 13h às 17h
Na Sala: S-113, Campus 01, da Universidade Regional de Blumenau – FURB (R. Antônio da Veiga, 140, Itoupava Seca)
Inscrições gratuitas pelo https://docs.google.com/forms/d/1sToQSsfi9dKohPWGyHiwiCRTpMmhbdMHc9QuPYdBvBU/viewform?edit_requested=true
Tema: A Incubadora de Slam: da escrita ao corpo, é idealizada por APEAGÁ, poeta-escritora e pioneira da cena Slam no estado do Ceará e busca capacitar novos slammers/poetas e aprimorar os que já estão concorrendo pelos campeonatos. A oficina é dividida em 4 mini-incubadoras que visam oxigenar o trabalho desses artistas (ou novos artistas), que são elas: Escrita de Guerrilha, Voz Instrumento Poético, Corpo em Cena e para finalizar o EncubaSlam, um momento em que as pessoas participantes poderão externalizar os conhecimentos absorvidos na formação e as produções criadas dentro desta grande incubadora de poesia falada
Vagas: 30 pessoas
Carga horária: 12h
Ação gratuita, com tradução em LIBRAS
Classificação indicativa: acima de 16 anos.

NO AHOY 
Evento Final Slam Descoloniza Blu 2025
Dia 5 de outubro, a partir das 16h
No Ahoy! Tavern Club (R. São Paulo, 2083, Itoupava Seca)
Evento gratuito e aberto a toda comunidade.

PALESTRANTES E OFICINEIRAS

Taly Lima – Foto: Elaine Fernandes

Taly Lima é graduanda do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Desempenha a função de atriz, poeta e produtora cultural no estado de Santa Catarina há oito anos. Como atriz, integrou a Companhia Teatral Primeiro Quarto (2018) e o grupo de extensão teatral Phoenix da Furb (2019). Iniciou o curso livre na Companhia Carona de Teatro, onde atuou nas peças Sem Poesia Não (2019) e Brasil – Mais uma Peça em Atos Trágicos ou Cômicos? (2020). Coordena a três anos uma pesquisa na área do teatro intitulada: DENGO – Laboratório de Formação em Teatro Negro. Como produtora cultural, realizou a produção executiva do projeto Afrofuturismo (2020) por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. Foi produtora executiva da Mostra Online Poetas do Ágora (2021) contemplada no Prêmio Herbert Holetz de Apoio à Cultura. Trabalhou como produtora cultural na Mostra Online do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, FITUB (2022). Na poesia se destaca como slammaster e produtora do Slam Descoloniza Blu (2023), sendo esta a 1º Competição de Poesia Falada de Blumenau. Além de realizar oficinas nas áreas do Teatro e do Slam, também investiga o encontro entre o teatro e a palavra e escreveu a dramaturgia dos seguintes espetáculos: Frágil (2021), GIZ (2024) e Itan Okun – Estórias que alimentam (2025).

Apeagá – Foto: Renata Armelin

Poliana Hérica já foi Luiz do Sol, Bicha Poética, e hoje, constroi-se APÊAGÁ. Multiartista da palavra, onde faz-se poeta-escritora, slammer, slamaster, performer, criadora de conteúdo digital e produtora cultural. É pioneira na cena poetry slam no Ceará, sendo uma das idealizadoras do Slam da Quentura (primeiro slam do estado), e, do campeonato cearense de poesia falada, Slam CE. Como slammer (poeta que participa de batalhas de poesia), ganhou alguns slam’s Ceará afora. Como escritora, participou das antologias poéticas: Coleção slam LGBTQIA+, A Poesia Falada Invade A Cena Em Sobral, A língua quando poema / A lengua quando poema e Copa das Favelas Slam”. Em 2022, publicou seu primeiro livro autoral de poemas: Me Faço Tempestade Para Não Caber em Redemoinho. Foi membra integrante durante 3 anos da Coletiva Slam das Minas SP e atualmente é contadora de história no Centro Cultural Kalunguinha e poeta residente no Samba de Ganga em São Paulo.

Isabella Balieiro – Foto: Elton Junior

Isabella Balieiro é geógrafa, professora e produtora cultural, movimenta a cultura desde 2018, quando iniciou o coletivo Santo Útero em Presidente Prudente (SP), de onde é natural. O coletivo era formado apenas por mulheres, onde desenvolviam quinzenalmente uma batalha de rima e oficinas diversas, através do trabalho com o coletivo foi premiada com seu primeiro edital. Além da produção cultural desenvolve trabalhos com o Graffiti, produzindo um mural de mais de 500 metros com vários artistas no ano de 2021. Em 2022 se mudou para Blumenau e desde então fez parte da criação e desempenha a função de Slam matemática no Slam Descoloniza Blu uma competição de poesia falada, além de produzir oficinas de graffiti, murais artísticos em escolas, eventos e festivais como o “DazRuaz” festival de Hip Hop que aconteceu em Abril de 2024, também em Abril participou dos dois dias do projeto Bike Arte Brasil, que existe desde 2012, o projeto já passou por várias cidades, promovendo o direito à cidade, fazendo a junção de mobilidade e cultura. No primeiro dia realizou o Slam Descoloniza Blu e no segundo dia promoveu uma oficina de lambe-lambe. Participou da organização e como slammer matemática do Slam SC, competição estadual da competição realizada no Sesc Prainha em Florianópolis.

FICHA TÉCNICA DA EQUIPE
Projeto Oficina Das Ruas às Linhas do Caderno – Construção Literária para a Modalidade do Slam
Proponente e coordenação: Isabella Balieiro
Produção geral: Taly Lima Produções
Intérprete de LIBRAS: Aline Lustoza – Oficina Incubadora e contrapartida social
Produtora executiva: Rafaela Kohler
Produção: Slam Educa
Social mídia: Wily Gonçalves
Designer gráfico: Tiago Gonçalves
Fotógrafa: Sabrina Marthendal
Assessoria de imprensa: Nane Pereira Comunicação e Arte.

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